leituras


A leitura é uma porta que nos abre mundos, um mundo que nos revela novas realidades e novas fantasias. Ler é essencial, através da leitura, testamos os nossos próprios valores e experiências com as dos outros. No final de cada livro ficamos enriquecidos com novas experiências, novas ideias, novas pessoas. Eventualmente, ficaremos a conhecer melhor o mundo e um pouco melhor de nós próprios.


Elaboração de Projectos Sociais
Casos Práticos

Neste livro encontram-se importantes indicações práticas sobre o tema da construção de projectos de intervenção social, em torno do qual se desenvolvem princípios que vão desde a elaboração de diagnósticos à aplicação e avaliação dos projectos, passando pela sua planificação. segue-se uma multifacetada apresentação de casos práticos, que cobrem problemáticas actualmente tão sensíveis como a participação da mulher na vida da sociedade, a terceira idade e as suas instituições de acolhimento, a situação dos pais nas comunidades educativas e, inclusive, a própria organização dos trabalhadores sociais.
Por outro lado, verifica-se sempre uma harmoniosa conjugação da transposição didáctica do quotidiano e do vivido, que caracterizam a espontaneidade dos acontecimentos e sentidos da experiência profissional, com uma rigorosa categorização das noções envolvidas e um exigente esclarecimento dos conceitos pressupostos.
A linguagem utilizada - muito directa e nada rebuscada - alia-se a um esforço contínuo de sistematização que vai permitindo ao leitor operar síntese e controlar as suas aquisições em termos de conhecimentos e de destrezas.
SERRANO, Glória Pérez; "Elaboração de Projectos Sociais"; Porto, Porto Editora, 2008


 A Sociedade da Exclusão
Segundo Sposati (1996) “Exclusão social é a impossibilidade de poder partilhar da sociedade e leva à vivência da privação, da recusa, do abandono e da expulsão, inclusive com violência, de uma parcela significativa da população. Por isso exclusão social e não só pessoal. Não se trata de um processo individual, embora atinja pessoas mas, de uma lógica que está presente nas várias formas de relações económicas, sociais culturais e políticas da sociedade. Esta situação de privação colectiva é que se entende por exclusão social. Ela inclui pobreza, discriminação, subalternidade, não equidade, não acessibilidade, não representação pública. É, portanto, um processo múltiplo que se explica por várias situações de privação da autonomia, do desenvolvimento humano, da qualidade de vida, da equidade e da igualdade”.
Neste sentido, percebemos que o processo de exclusão social se apresenta como um processo multifacetado e que afecta directamente todo o conjunto da vida social. Este processo excludente estabelece relações de ordem económica, social, política, cultural, educacional, ecológica, etc., e tende a ser reproduzido por mecanismos que o sustentam e o expandem.
Martine Xiberras (1993) afirma que a exclusão é resultado da dificuldade de integração ou de inserção. Ainda segundo a autora, existem normais ou níveis a atingir os quais muitos indivíduos não conseguem alcançar. Em todas as esferas da sociedade moderna há níveis ou limites da normalidade que dão uma definição de insucesso em relação à norma. É precisamente, este insucesso que constitui o processo de exclusão.
CLAVER, Gilbert;  "A sociedade da Exclusão"; Porto; Porto Editora; 2004

EDUCAÇÃO SOCIAL
Fundamentos e Estratégias


A presente obra procura trazer ao leitor uma panorâmica sobre as grandes linhas da investigação teórica e operacional na área, a par de um conjunto de preocupações no campo da organização e implementação das estratégias de investigação. Remetendo incessantemente para um pano de fundo transdisciplinar, mobiliza, por isso, os contributos da psicologia social, da sociologia, da história, da antropologia, da filosofia da educação, da ética e da pedagogia social, sujeitando-os à interpelação de uma prática radicalizada pelo questionamento hermenêutico. Procura-se, em todas as circunstâncias, contribuir para uma identificação de problemáticas, para uma caracterização de tendências e para um apuramento conceptual que sirva a constituição de uma autêntica cultura da educação social e a organização de um saber profissional exigente. Só assim poderá haver realmente eficácia sem simplismos e espontaneísmos.
CARVALHO, Adalberto Dias; BAPTISTA, Isabel; "Educação Social"; Porto; Porto Editora; 2004





Visão Panorâmica da Investigação - Acção


Reflexões

  Educação Formal:
A educação formal resulta de uma acção educativa que requer tempo e aprendizagem, é rígida por um sistema formal de administração competente e é levada a cabo na instituição/escola. É uma educação dirigida para a obtenção de títulos académicos e é concebida para alcançar objectivos previamente definidos por instâncias superiores competentes.
A educação formal e não formal está interligada, convencionalmente, pelo espaço escola e pelo espaço fora da escola, e daí assumirem uma evolução histórica paralela na formação humana.
É de referir que uma das virtualidades educativas da educação não formal consiste em incitar, motivar, potenciar, enquadrar a educação formal através de actividades que conferem sentido, partilha, interacção e envolvência ao acto de educar.
Neste caso a educação não formal tende a converter-se numa tecnologia educativa ao serviço das áreas do saber formal. Ventosa (2003), afirma que a Animação Sociocultural constitui um novo paradigma educativo, susceptível de se converter numa alternativa capaz de dinamizar e mediar a educação formal e a não formal, a escola e o meio, a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de capacidade e valores.
A educação é um processo que resulta de vivências e experiências ao longo do ciclo vital e, por isso, existe uma dimensão holística fundamentada pela diversidade de experiências, vivências e situações que constituem aprendizagens globais e diversificadas.
A educação formal pode e deve apoiar-se nos espaços não formais e informais para suscitar mais empenhamento, mais motivação, mais sentido, mais envolvência, mais humanismo e ter mais êxito.
Educação Informal:
Os procedimentos adoptados e prosseguidos na educação informal não são directamente escolares nem de natureza curricular. A educação informal é, de um modo geral, produto da acção da família e doa meios de comunicação de massas.
Caracteriza-se ainda pela ausência de um princípio de sistematização e estruturação orgânica, porquanto a intervenção educativa realiza-se sem uma mediação pedagógica institucionalmente autorizada, resultando das relações espontâneas da pessoa com o meio em que está inserida.
A Animação Sociocultural, no contexto da educação informal, prossegue objectivos indiferenciados:
- Potenciar as relações resultantes de práticas comunitárias que se ligam muito a tradições como jogos, festas, convívios e reforço dos laços comunitários e familiares;
- Enquadrar eficazmente a informação/formação veiculada pelos meios de comunicação.
Educação Não Formal:
A educação não formal é considerada como uma educação não regulada por normas rígidas. É norteada pelos propósitos do pluralismo educativo e centrados na relação interpessoal. Apresenta ainda as seguintes características: tendência educativa assente no pluralismo e na partilha vivencial, propósito de complemento em relação á educação formal, ênfase na convivência geradora de afectos, nivelamento tendencialmente horizontal das relações humanas, aproximando as pessoas umas das outras sem as valorizar em função de graus académicos, não outorgar títulos mas certificados e diplomas de participação, abrangência a toda a população, promovendo relações e aprendizagens intergeracionais, recurso a metodologias próprias com recusa à reprodução de procedimentos utilizados pelo sistema educativo institucional.
“Entendemos por educação não formal o conjunto de processos, meios e instituições específicas e diferencialmente desenhados em função explícitos objectivos de formação ou de instrução, que não estão directamente dirigidos à provisão de graus próprios do sistema educativo regulamentado. Trilla (1933)
 
Metododolgia/Método/ Técnicas 
A Metodologia é o estudo dos métodos. Ou então, as etapas que se devem seguir num determinado processo. Tem como objectivo captar e analisar as características dos vários métodos disponíveis, avaliar suas capacidades, potencialidades, limitações ou distorções e criticar os pressupostos ou as implicações de sua utilização. Além de ser uma disciplina que estuda os métodos, a metodologia é também considerada uma forma de conduzir a pesquisa ou um conjunto de regras para ensino de ciência e arte.
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exacta de toda acção desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa. É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista, etc.) do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se utilizou no trabalho de pesquisa. A metodologia pode ser dividida em vários métodos até chegar num determinado objectivo.
Método (do Grego methodos), que significa, literalmente, " caminho para chegar a um fim"). “O método é o caminho que se deve seguir para alcançar a verdade nas ciências.” (Descartes, 1981) O método consiste, então, no processo de pesquisa e na recolha do caminho que nos irá levar ao objectivo pretendido. É um processo racional e sistemático, e implica o recurso a técnicas adequadas ao objecto de investigação.
Segundo Grawitz (1993, citado por Carmo, 1997, p.175), "métodos é um conjunto concertado de operações que são realizadas para atingir um ou mais objectivos, um corpo de princípios que presidem a toda a investigação organizada, um conjunto de normas que permitem seleccionar e coordenar as técnicas".
Os métodos constituem de maneira mais ou menos abstracta ou concreta, precisa ou vaga, um plano de trabalho em função de uma determinada finalidade. Assim sendo, entende-se por método um conjunto de procedimentos utilizados pelo pensamento para atingir o conhecimento, recorrendo para o efeito, a determinadas técnicas que deverão ser criteriosamente seleccionadas tendo em conta o tipo de trabalho.
A mesma autora define técnicas como procedimentos operatórios rigorosos, bem definidos, transmissíveis, susceptíveis de serem novamente aplicados nas mesmas condições, adaptados ao tipo de problema e aos fenómenos em causa. A escolha das técnicas depende do objectivo que se quer atingir, o qual, por sua vez, está ligado ao método.
Numa visão mais humana a wikipédia define técnica como sendo o procedimento ou o conjunto de procedimentos que têm como objectivo obter um determinado resultado, seja no campo da Ciência, da Tecnologia, das Artes ou em outra actividade. Estes procedimentos não excluem a criatividade como factor importante da técnica, como os conhecimentos técnicos e a capacidade de improvisação. A técnica não é privativa do homem, pois também se manifesta na actividade de todo ser vivo e responde a uma necessidade de sobrevivência. No animal, a técnica é característica de cada espécie. No ser humano, a técnica surge de sua relação com o meio e caracteriza-se por ser consciente, reflexiva, inventiva e fundamentalmente individual. O indivíduo aprende-a e fá-la progredir.
Só os humanos são capazes de construir, com a imaginação, algo que logo podem concretizar na realidade. Campos de acção: o campo da técnica e da Tecnologia responde ao interesse e à vontade do homem de transformar o seu ambiente, procurando novas e melhores formas de satisfazer as suas necessidades ou os seus desejos. Esta actividade humana e ao seu produto resultante, chamamos técnica e Tecnologia, segundo o caso. A técnica também pode ser passada de geração para geração. A técnica, portanto, confundia-se com a arte, tendo sido separada desta ao longo dos tempos.

Introdução das Ciências Sociais Humanas </幄ހ>
Tendo feito uma avaliação geral, sobre este programa de forma concreta, todo o seu parecer refere-se às ciências sociais e seus subjacentes de forma evolutiva e sua importância na vida humana, com o objectivo de conciliar o homem com tudo o que o envolta de forma mais estável e agradável.
 Na época actual caracteriza-se como sendo a era moderna e cada vez mais alenta-se na ideia de que o mundo social pode ser conhecido e, através deste conhecimento aprofundado, transformado e melhorado de modo racional. É nesta perspectiva que a ciência cuja forma de conhecimento constitui um factor bastante notório e fundamental para a actualidade em que o homem vive. É na ciência ( e suas unidades disciplinares) que radicam os múltiplos sistemas técnico -  periciais de cariz abstracto que, nas mais diversas áreas de actividades social (da cultura à economia, do indivíduo às organizações) hoje são consideradas autónomas de conhecimento especializado.
Pode-se referir que nos últimos anos, a modernização tem sido abalada em que a consciência de viver em sociedade cujas mudanças não podem ser controladas, tem afectado a vivência humana como ser social, de que todos os aspectos d a vida pessoal e colectiva estão afinal sujeitos à contingência; em que os riscos e perigos resultantes da actividade humana, estão ligados ao desenvolvimento científico – tecnológico, sendo que a existência social é marcada por uma atitude calculadora e reflexiva. Perante as possibilidades abertas de acção que no quotidiano, se oferecem ao seres humanas.
Até o próprio conhecimento está em permanente mudança, em que se estabelecem entre os princípios de liberdade e de disciplina. Toda a libertação e independência política, económica e científica estão interligadas com a modernização.
O factor humano, o potencial de autonomia, imaginação, responsabilidade, evolução, empreendimento, motivação, compreensão, auto – estima são valores fundamentais para que o homem tenha ou, que comece a ter quando criança, uma boa e forte inter-acção e inter flexibilidade na sociedade e no seio familiar.
A escola moderna enquanto instituição social contribui para libertar as relações sociais dos seus enraizamento paroquiais e comunitários e também para estabelecer a autoridade do espírito racional e os avanços científicos e tecnológicos promovendo a postura corporal e da disciplina mental apropriadas à aquisição de conhecimentos. A escola é uma fonte essencial para a evolução tanto físico como físico do homem, e sendo ela (a escola) um potencial na educação do ser humano.
Cada vez mais existe          

O grupo
Um grupo apresenta-se como uma unidade social, sendo um conjunto limitado de pessoas com papéis interdependentes, mas unidas por objectivos e características comuns, desenvolvendo múltiplas interacções entre si, regulando ainda o seu comportamento por um conjunto de normas estabelecidas pelos próprios elementos do grupo. No grupo, as pessoas desenvolvem a sua estrutura pessoal através de troca de ideias e do diálogo, criando-se uma consciência colectiva que não é igual à soma das consciências individuais.
Os grupos, devem -se pensar como um todo, que luta por essa mesma identificação de objectivos comuns; com as regras que estabelecem entre si mantêm-se uma certa coerência; deverá surgir no mesmo a coesão, sendo esta característica que mantém o grupo unido e garante a eficácia desse mesmo trabalho em grupo, e constitui para os técnicos que trabalham com o mesmo, um indicativo da situação do grupo e do seu grau de maturidade social;
Concluindo, a coesão é importante ainda para que as pessoas permanecem juntas, para aumentar a confiança e lealdade, para que os elementos se sintam seguros e satisfeitos e orgulhosos pela pertença ao grupo e anda para facilitar as suas relações interpessoais, proporcionando assim o desenvolvimento pessoal e social de cada indivíduo.
Efectivamente, desde sempre o homem se apresentou enquanto o ser social. Tanto diferentes tipos de grupo - grupo familiar, grupo escolar, grupo de amigos, grupo laboral, portanto, todo o grupo que funcione com coesão, partilha afectos, sentimentos e comportamentos, assim sendo, é um grupo potencialmente rico e estimulador para o conhecimento das relações inter e intra pessoais.  
http://sexoforte.net/mulher/index.php?option=com_content&view=article&id=393:a-importancia-do-grupo&catid=85:escrivaninha&Itemid=117

Técnicas de Dinâmicas de Grupo
As técnicas de grupo são técnicas de comunicação que se utilizam para estabelecer melhores relações humanas e proporcionar uma certa base de organização nos grupos, que tem como critérios: definir objectivos a atingir; ter em conta a maturidade e o tamanho do grupo; ter em conta o ambiente físico e o tempo disponível; ter em conta as características dos elementos do grupo e considerar a capacidade profissional do animador.
Uma técnica não é, em si mesma, nem boa, nem má, mas pode ser aplicada de forma efectiva, indiferente ou desastrosa. É importante referir que: nem todas as técnicas servem para todos os objectivos; nem todas as técnicas se podem utilizar em todos os sítios e as técnicas são só um meio, nunca um fim em si mesmas.
SERRANO, Glória Pérez, "Elaboração de Projectos Sociais - Casos práticos", Porto, Porto Editora, 2008.

Animação
Segundo o ponto de vista do autor Avelino Bento, Animação Sócio -Cultural “(…) é uma forma de acção sócio -pedagógica que, sem ser a única, se caracteriza pela procura e pela intencionalidade de gerar processos de participação das pessoas em áreas culturais, sociais e educativas que correspondam aos seus próprios interesses e necessidades”. A Animação Sócio -Cultural representa um conjunto de acções que devem facilitar o acesso a uma vida mais activa, mais participativa e mais criadora, dominando melhor as mudanças; comunicando-se melhor com os outros, cooperando melhor na vida de sociedade da qual fazem parte, desenvolvendo assim a sua personalidade e adquirindo ao mesmo tempo uma melhor e maior autonomia.  (Avelino Bento, 2003, pág.120-121).











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