Técnicas de Grupo


Técnica: "A Família Ideal"
O presente trabalho insere-se no âmbito da unidade curricular Metodologias e Técnicas de Educação Gerais e Especiais – II, do 2º ano de Educação Socioprofissional – 4º semestre, orientado pelo Professor Carlos Jorge.
O público-alvo para o qual foi realizada a planificação é um grupo de Etnia cigana da área metropolitana do Porto – Vila Nova de Gaia, em Matosinhos, sendo um grupo de família etnia cigana há uma problemática, em que um elemento é transexual, em que ele não é aceite na comunidade cigana, nem no ceio familiar e a nível económico.
Assim sendo, recorremos à Técnica de Solução de Conflitos (A família ideal), para dar inicio à sessão e evocamos à técnica Phillips 6/6. Uma Técnica muito útil para estimular os membros do grupo a participarem, pode ser utilizado tanto para fins de informação como de avaliação. Sendo improvisada por mim, o título como a Dinâmica da Técnica.
TEMA
Técnicas para Problemas pessoais, familiares e resolução de conflitos
TÍTULO
“ A Família Ideal”
OBJECTIVOS

Geral:
         Aumentar a auto realização e afirmação de si mesmo e resoluções de conflitos.
Específicos:
         Identificar os factores que provocam o conflito;
         Aprender a viver com as semelhanças e diferenças;
         Incutir o respeito pelos outros;
         Fomentar a integração na comunidade;
         Reforçar a auto - estima positiva e os afectos;
         Reforçar a integração e cooperação do grupo;
         Promover a confiança e auto-estima;
         Fortalecer o espírito de amizade entre os elementos do grupo;
         Favorecer a desinibição; aprofundar o conhecimento entre os membros do grupo

DIAGNÓSTICO
Grupo de comunidade cigana, de uma zona da área Metropolitana do Porto, em Matosinhos, onde existe dentro da comunidade cigana, um indivíduo que é transexual, sendo este, não aceite na comunidade, na família, e a nível económico, provocando a exclusão e originando problemas a nível do auto – estima, baixo controlo de eu e sobretudo de afectos.  

CARACTERIZAÇÃO DOS PARTICIPANTES
Grupo de 14 participantes: 9 mulheres e 5 homens com idades compreendidas entre os 25 e os 45 anos;

DINÂMICA DA TÉCNICA
 1ª Parte

O animador convida os participantes a formarem, espontaneamente, 2 equipas em número não inferior a três pessoas.
Escolhem um nome de família e, colocando-se a uns cinco metros do animador a ouvir as regras da dinâmica.
Posterior o animador irá distribuir por cada grupo 1 folha de A4 branca, na qual irá solicitar que cada grupo escrever as características da família ideal e uma outra situação em que é distribuído por cada elemento do grupo um pedaço de papel para que cada participante escreva um problema ou uma angústia.
A dinâmica consiste em descobrir a equipa que melhor reflecte as características de uma família ideal. Para isso, todos devem enfrentar uma série de provas. Para algumas, são concedidos vários minutos de preparação. Outras porém devem ser realizadas de imediato. A família (a equipa) que vence uma prova, recebe um coração.

2ª Parte:
O animador vai propondo às equipas as diferentes provas:

A) A família que chegar primeiro junto a ele, com a lista de todos os seus elementos do grupo, recebe o coração da comunicação.
B) A família que conseguir primeiro, escrever duas características de uma família ideal. Recebe o coração da cooperação.
C) A família que conseguir primeiro, escrever uma característica pessoal de cada elemento do grupo. Recebe o coração da compreensão.
D) A família que melhor representar uma cena familiar recebe o coração de respeito. Dispõem-se quarto minutos para a preparação desta prova.
E) A família que melhor representar, através da mímica, as palavras referentes aos corações anteriormente recebidos, recebe um coração do amor. Dispõe-se quatro minutos para preparar esta prova.
F) O animador distribui um pedaço de papel e um lápis para cada participante. Este deverá escrever algum problema, angústia ou dificuldade por que está passar. Os dois grupos recebem o coração da união. Dispõem-se três minutos para este exercício.
G) Cada uma das famílias devem apresenta um diálogo sem falar, ou seja, utilizando meramente gestos e sinais. O animador deixa os pares a trabalharem o diálogo de comunicação não – verbal durante pelo menos três minutos. O melhor grupo a comunicar, recebem o coração da fé. 
H) A família que apresentarem o melhor “slogan” relativamente à família ideal recebe o coração da amizade. Dispõem-se três minutos para a preparação do” slogan”. 

De seguida será entregue a cada elemento do grupo pelo Educador, a caixa da “ A Família Ideal” em (anexo I) em que no seu interior consta 8 corações de cartolina de canelado; (anexo II) estão os respectivos corações; em cada um deles estará escrito uma característica da “Família Ideal”: comunicação, respeito, cooperação, união, compreensão, fé, amizade, amor.
Ao terminar a técnica em grupo avalia-se a experiencia:
- Perceber para que serviu a dinâmica;
- Perceber o que sentiram na realização desta técnica;
-Perceber como foi a participação do seu grupo:
As respostas são comentadas em plenário e, a seguir, associa-se esta experiencia à vida do grupo:
- De que maneira pode associar a dinâmica à vida do grupo?
- que podemos fazer para que haja mais integração?
DURAÇÃO
30 a 60 minutos, conforme o número de participantes.
LOCAL
- Sala ampla, acolhedora e com boa luminosidade
RECURSOS
Humanos:
- 1 Educador/Animador
Materiais:
14 Caixas “ A família ideal”;
3 Folhas brancas A4;
 14 Esferográficas;
1 Mesa de apoio;
1 Mesa de 14 lugares;
14 Cadeiras;
14 Corações com o conjunto de características da “família ideal.
- Físicos: sala com boa iluminação
VARIANTES
A mesma técnica poderá ser aplicada a outro publico-alvo.
AVALIAÇÃO
Avaliação Geral: cooperação do grupo; - Comunicação; - Concentração; Diálogo com o grupo de forma informal e simples; Avaliação Especifica: Interacção do Grupo; - Divertimento.
DOCUMENTOS
8 Corações em cartolina de canelado com características da “Família Ideal”

 Anexos

  
 


As técnicas de animação de grupo são ferramentas que o Educador/Animador pode utilizar para uma maior eficácia no seu trabalho diário. Deverão estar sempre presentes e aplicadas sempre que necessário. Estas técnicas vão permitir estabelecer relações não só entre os membros do grupo, mas também entre Educador/Grupo-alvo. Permitindo assim, que as pessoas se auto-descubram e descubram os outros, através de jogos, brincadeiras, podendo estimular os participantes a alcançar a qualidade na percepção de si mesmo e dos que o rodeiam.
Técnicas de Dinâmicas de Grupo
As técnicas de grupo são técnicas de comunicação que se utilizam para estabelecer melhores relações humanas e proporcionar uma certa base de organização nos grupos, que tem como critérios: definir objectivos a atingir; ter em conta a maturidade e o tamanho do grupo; ter em conta o ambiente físico e o tempo disponível; ter em conta as características dos elementos do grupo e considerar a capacidade profissional do animador.
Uma técnica não é, em si mesma, nem boa, nem má, mas pode ser aplicada de forma efectiva, indiferente ou desastrosa. É importante referir que: nem todas as técnicas servem para todos os objectivos; nem todas as técnicas se podem utilizar em todos os sítios e as técnicas são só um meio, nunca um fim em si mesmas.
SERRANO, Glória Pérez, "Elaboração de Projectos Sociais - Casos práticos", Porto, Porto Editora, 2008.


Investigação participativa
Define-se como uma actividade de três faces: é um método de investigação social que exige a participação total da comunidade, u m processo educativo, e u m meio de promover o desenvolvimento.
Os elementos fundamentais deste tipo de investigação são os seguintes:
O problema nasce no seio da própria comunidade, e é ela que o define, o analisa e o resolve.
Como o principal objectivo da investigação consiste em transformar radicalmente a realidade social e melhorar as condições de vida dos membros da comunidade, são eles os beneficiários da investigação.
A investigação participativa implica a participação activa e total da comunidade em todo o processo de investigação. Requer a participação de grupos humanos sem poder: os explorados, os pobres, os oprimidos, os marginais, etc.
A investigação participativa pode sensibilizar mais a população para os seus próprios recursos e mobilizá-la tendo em vista um desenvolvimento autónomo.
Trata-se de um método de investigação mais científico, visto que a participação da comunidade facilita uma análise mais profunda e mais verídica da realidade social.
O investigador é simultaneamente participante comprometido e aprendiz, o que o conduz mais à militância do que ao distanciamento.

Método:
O método corresponde ao modo consciente de se proceder para alcançar um objectivo previamente formulado, através da aplicação concertada de um conjunto de técnicas e procedimentos.
É o conjunto coerente de acções intencionais, destinadas a promover nos outros a capacidade de obter novos conhecimentos, aprender novas habilidades, modificar atitudes e comportamentos. Além disso, obriga a ordenação de meios tendo em vista um fim.
Ócio Autotélico:
O Ócio Autotélico é o ócio verdadeiro, autêntico, aquele que se realiza sem uma finalidade utilitária. É o ócio desinteressado e corresponde à experiência vital do desenvolvimento humano, sustentado em 3 pilares essenciais: percepção de eleição/escolha livre, auto telismo e sensação gratificante.
A metodologia
A metodologia desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de projectos sociais, desenvolvendo-se em torno da questão: como se vai fazer?
Assim, o método é o caminho que se escolhe para atingir um determinado fim. A metodologia é então o estudo desses métodos.
É uma explicação cuidada, detalhada e rigorosa de toda a acção desenvolvida do método (caminho) do trabalho de pesquisa.
 Desta forma, ainda há uma explicação do tipo de pesquisa, dos instrumentos utilizados (questionários, entrevistas), do tempo previsto, do tratamento dos dados, ou seja, de tudo o que se utilizou no trabalho de pesquisa.
Segundo SERRANO (2008) é necessário enumerar e explicar os diferentes passos técnicos que se devem cumprir ou as várias etapas que o processo técnico deve compreender.
Grafema da Personalidade

Esta técnica consiste em caracterizarmos uma pessoa, encontrando um adjectivo que reflicta a sua personalidade, tendo em conta a letra inicial do seu nome ou o próprio nome.
Objectivos:
técnica de quebra-gelo; permite um maior conhecimento entre os elementos do grupo, assim como uma maior participação e integração;Tempo:
aproximandamente 15 minutos;Recursos:
-materiais: caneta, papel-humanos: educador/animador-físicos: sala amplaPúblico-alvo:
esta técnica pode ser aplicada a todas as faixas etáriasDescrição:Efectuamos na aula, através da inicial do nome de cada colega (Grafema), tivemos que atribuir uma caracteristica a esse mesmo colega.Exemplo:
Pede-se a cada elemento que caracterize numa só palavra um outro elemento do grupo (pode ser o que se encontra mais próximo), sendo uma característica que inicie pela 1ªletra do seu nome (ex.)
Ana - Alegre
Sandrinha - Sabedoria
Elisabete - Elegante
Fátima - Fantástica
Isabel - Inteligente
Liliana - Liberdade
Margarida - Maravilhosa
Depois, cada elemento revela o que atribui ao outro, devendo este se pronunciar quanto à concordância do que lhe foi atribuído;

ESCUDO DA PERSONALIDADE


A dinâmica de grupo: o escudo da personalidade, foi apresentada pelo professor no contexto de sala de aula. Assim, começando por uma abordagem ao significado do nome desta técnica, podemos constatar que o brasão, na tradição europeia medieval, é um desenho especificamente criado - obedecendo às leis da heráldica - com a finalidade de identificar indivíduos, famílias, cidades, regiões e nações. O seu desenho é normalmente colocado num suporte em forma de escudo, representando a arma de defesa homónima usada pelos guerreiros medievais. Este, foi sendo representado, conforme a época e o local, com diversos formatos. Já a personalidade diz respeito ao conjunto de características psicológicas que determinam determinam os padrões de pensar, sentir e agir, ou seja, a individualidade pessoal e social de alguém. A formação da personalidade é um processo gradual, complexo e único a cada indivíduo.

Tendo em conta estes conceitos, pretende-se construir um “escudo” com as características de cada indivíduo, ou seja, “defendendo-se” com a verdade acerca de si.

• Objectivos:
técnica de quebra-gelo; permite criar interacção e conhecimento interpessoal assim como a exposição verbal ou não do que cada elemento é;

• Tempo:
aproximadamente 30minutos

• Recursos:
-materiais: folha branca, lápis; pode-se também fazer colagens, para isso são necessários recortes e tesoura;
-humanos: educador/animador
-físicos: sala ampla

• Público-alvo:
esta dinãmica pode ser aplicada a todas as faixas etárias

• Descrição:
Numa 1ªfase pede-se a todos os elementos qua na folha branca, através do desenho ou outra técnica como colagens, desenhem ou construam o seu escudo da personalidade, que deverá revelar a sua personalidade, bem como elementos que se relacionem com o próprio.
Posteriormente, estando estes construídos, pretende-se que coloquem os escudos em exposição, para que os outros elementes observem e possa assumir uma interpretação. Finalmente, cada elemento pega no seu escudo e os colegas exprimem o que interpretaram. O sujeito que realizou o seu próprio escudo, dará se entender a sua justificação.


O Brainstorming


O Brainstorming foi desenvolvido por Alex Osborn em 1930, trata-se de uma técnica com a finalidade de explorar a criatividade do time.
Esta gera ideias, estimula a criatividade, a participação, a motivação, a moral do time. Também é conhecido como: Tempestade de Ideias, Chuva de Ideias, Explosão de Ideias, Tempestade Cerebral.
O Brainstorming é utilizado por times, para gerar grande quantidade de ideias, em curto espaço de tempo para:
Levantar problemas;
Identificar as causas do problema;
Gerar alternativas para solução do problema;
 Antecipar futuros problemas ou causas.

Objectivos:
criar ideias novas, explorar potencialidade criativa do indivíduo, exposição rápida de ideias sem serem criticadas, reduzir a tensão; Favorece a inibição dos integrantes mais tímidos;

Tempo:
Aproximadamente 15 a 30 minutos, tendo em conta o número de indivíduos;

Recursos:
-materiais: folha e papel
-físicos: sala ampla
-humanos: educador/animador
Público-alvo:
Todas as faixas etárias; pequeno ou grande grupo.

Descrição:
1ºpede-se aos participantes que se coloquem em círculo. Depois, explica-se aos participantes as regras desta dinâmica, sendo que se deve deixar as ideias fluir livremente, não debater nem criticar as ideias dos outros, todas as pessoas devem participar e ainda deve-se manter o humor e ser criativo.
O educador ou animador de grupos clarifica quanto ao tópico a analisar, deixando-se deste então fluir livremente as ideias de cada participante, evitando debates paralelos, e principalmente tentar gerar o maior número de ideias.
No fim, de forma conjunta, seleccionam-se as melhores ideias para a temática em questão.
Texto: http://hermes.ucs.br/masp/brain.html
Fhillips 6/6


Esta é uma técnica útil para estimular os membros do grupo a participarem. Pode ser utilizada em pequenos ou grandes grupos. Técnica de 6 minutos para 6 pessoas, em que se propõe a realização de uma tarefa.

Ainda estimula a troca de ideias, encoraja a divisão de trabalho e a responsabilidade; ajuda os membros a se libertarem de suas inibições e participação num debate.




Objectivos:
Conseguir de forma rápida propostas de todo o grupo; promover a participação de todos os elementos do grupo e desenvolver a segurança e confiança necessárias para essa participação; organização grupal para elaborar e trocar informação mediante gestão eficaz do tempo;

Descrição:
Explicar ao grupo o funcionamento da técnica, sua finalidade, o papel e as atitudes esperadas de cada membro e o tempo disponível para a discussão.
Dividir o grupo em subgrupos, aproveitando para colocar juntos os membros que ainda não se conheçam.
Solicitar aos membros dos pequenos grupos que se apresentem, escolham um coordenador para os debates e um relator ou secretário para fazer as anotações.
Esclarecer qual o tempo disponível.
Terminado o tempo, cada elemento de cada subgrupo receberá um número.
Agora os subgrupos tornam a se reunir, mas todos os “1″ num grupo; todos os “2″ noutros; e assim por diante.
Cada um apresentará para o subgrupo as conclusões do seu antigo subgrupo.
O relator dos subgrupos (os dois) reunir-se-ão para elaborar um único relatório, que poderá ser oral ou escrito, para apresentá-lo ao grupo.


A Autoscopia
 É um procedimento de recolha de dados que se baseia numa vídeo gravação de uma determinada prática, para efeitos de análise e auto-avaliação, por parte de um ou mais protagonistas da mesma.
O objectivo dessa vídeo - gravação é proceder a um registo fílmico do desenvolvimento da acção dos ditos protagonistas, com o intuito de eles próprios a perceberem, no contexto e enquadramento de uma situação, através de sessões auto-reflexivas de análise.

Técnicas de simulação
As Técnicas de Simulação são essencialmente técnicas de dinâmica de grupos que partem de uma simulação de um determinado evento com vista a dar uma perspectiva mais realista sobre os comportamentos dos seus elementos no futuro, sendo geralmente utilizadas quando é exigido relacionamento interpessoal.
Além disso, estas técnicas possibilitam a retroacção e permitem o auto-conhecimento e a auto-avaliação.

Micro ensino
Trata-se de uma técnica de formação de educadores, em que estes ensinam um grupo reduzido de alunos durante um curto espaço de tempo, enquanto são observados por um supervisor. Finalizada a aula, este comentará o desempenho do educador que, com base nisso, procurará melhorá-la e reorganizá-la para a ministrar novamente a um outro grupo de alunos.
Deste modo, esta técnica visa um acréscimo da eficiência, considerando que esta será alcançada através da redução da complexidade dos factores envolvidos no ensino, tais como o tempo, o número de alunos e os conteúdos.

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